Sobre a Cerâmica Brennand
Casa Brenda BrennandShare
Na Oficina Francisco Brennand, o fogo nunca se apaga.
É ali, entre o barro e a chama, que cada peça nasce — pintada à mão, moldada com paciência e submetida a três queimas em alta temperatura. Esse rito, repetido há décadas, é o que confere à cerâmica sua alma: nenhuma obra é igual à outra, cada uma carrega o acaso e a intenção de quem a criou.

Confecção do Ovo Branco na Oficina Francisco Brennand - foto: arquivo pessoal
Francisco Brennand via a olaria não apenas como um espaço de produção, mas como um território de experimentação.

Francisco Brennand finalizando uma de suas obras - foto: arquivo pessoal
Entre esculturas, ladrilhos e peças utilitárias, ele formou um ateliê vivo, onde o saber artístico se misturava ao ofício artesanal. Oleiros, decoradores e aprendizes compartilhavam o gesto, o olhar e o tempo — transformando o trabalho coletivo em autoria compartilhada dentro da Oficina Francisco Brennand.

Muitos dos oleiros que aprenderam de Francisco Brennand ainda trabalham na Oficina - foto: arquivo pessoal
A cerâmica Brennand nasce dessa combinação rara: técnica e imaginação, repetição e variação. A formulação das argilas, a alquimia dos pigmentos, a imprevisibilidade do fogo — tudo contribui para que cada peça se torne um exemplar único, portador de memória e presença.

Ovo sendo pintado na olaria, para passar pela terceira queima, nessa queima os pigmentos ganham vida e se integram à argila - foto: arquivo pessoal
Hoje, os artesãos da Oficina continuam esse ciclo criador, mantendo vivas as técnicas que Francisco Brennand aperfeiçoou ao longo da vida: esmaltação, chacote, contorno, pintura e queimas são algumas das etapas realizadas pelos artistas que trabalham na olaria da Oficina Francisco Brennand, mãos habilidosas manipulam o barro para lhe dar novas formas e significados.
Nós celebramos esses processos, que tornam cada peça única.

Ovo sendo pintado para ser levado novamente para o forno, para sua última queima, na olaria da Oficina Francisco Brennand - foto: arquivo pessoal
Cada peça produzida carrega um fragmento de sua visão — a crença de que a argila, quando entregue ao fogo, revela o que há de mais humano: o gesto de transformar.
